sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Do Natal que passou

As prendinhas que fiz. Para oferecer e para me entreter os dias.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Mensagem do Moderador I

O Coelho Juvenal, moderador deste espaço, relações públicas, organizador de eventos, personal trainer, assistente de imagem, desiner, cidadão pro-activo, membro de pleno direito da AACSPBDDFCODD (associação dos amigos dos coelhos selvagens, de peluche e de banda desenhada daqueles fofinhos como os da disney) faz saber que: 1. hoje 1.1 (ainda) 1.2 é 1.3 natal; 2.5 Mais se informa que não raras vezes se verifica o caso do qual se que passa a notar: Alínea a) em noites frias de finais de dezembro, assim logo próximas do solstício, nascem láparozinhos nas palhinas deitados (é verdade, parece que sim); Alínea c), d) e e), f) e h) não é costume existirem vacas nem burros a aquecerem os láparozinhos, mas nada impede que tal possa acontecer; Alínea b) o que sim é costume é existirem estrelas brilhantes, grandes, enormes, mesmo no zénite das tocas no interior das quais estão os láparozinhos nas palhinhas deitados; Alínea g) i) j) k) l) também é costume que conjuntos de três animais, (como por exemplo, porcos cor-de-rosa astrónomos amadores, gatos zarolhos e ratos do campo) fazendo-se ou não acompanhar por igual número de camelos, decidam trocar uma partida de cartas pelo seguimento das ditas estrelas brilhantes, grandes e enormes; Alínea m) n) o) p) q) seguimento esse que os levará às ditas tocas onde encontrarão os ditos láparozinhos. Alínea r) s) t) u) v) não é nada raro que cães pastores com nomes de cadela (por exemplo, um cão pastor chamado angélica) sejam avisados da bonita efeméride, e como um nascimento é sempre uma efeméride, bonita, claro está, (mais ainda quando se trata do nascimento de láparozinhos, claro está) corram a avisar as suas ovelhas, para que todas acudam a ver a dita, e claro está, bonita, efeméride. Alínea w), x), y), Z) quem sabe, sabe, e o Juvenal é que sabe.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

A partida de cartas

Fazia noite gelada. Como o costumam ser todas as primeiras noites de Inverno. Um porquinho cor-de-rosa, um ratito do campo e um gato zarolho tinham combinado uma partida de cartas com o dálmata da vizinha, mas ele não tinha aparecido. O frio mordia-lhe os ossos, preferia ficar em casa. O porquinho cor-de-rosa era um sujeito entendido, permitia-se a gostar de astronomia e a outras suínas excentricidades, que lhe haviam ficado dos tempos que passara na universidade. Sentia-se entediado, e quando lançou os olhinhos piscos ao céu tinha pouca esperança de ver esfumar-se o aborrecimento que lhe atava os pés. O gato zarolho lamentava que três não fossem suficientes para jogar às cartas, enquanto se enroscava sonolento. O rato era o único que se mantinha bem disposto, devia andar apaixonado, e por isso corria e saltava mais do que o seu normal. Isto irritava sobremaneira o porco, que era um apreciador da tranquilidade, mas a sua diplomacia impedia-o de protestar. O rato pulava e cantarolava, o zarolho entreabriu o único olho de que dispunha, e por momentos, quase se deixou vencer pelo seu mais recôndito ímpeto felino, que a distinção e o sono haviam já empurrado para longe. Bufou-lhe apenas. Mas foi o que bastou para assustar o pobre rato, que se atirou de imediato ao pescoço do porco. A surpresa fê-lo então arregalar os olhos, e depois levantou-se nas quatro patas. Reparou que ao fundo havia uma estrela muito brilhante, enorme, na qual nunca antes havia reparado.