domingo, 31 de agosto de 2008

O Coelho Juvenal estica as orelhinhas porque ouve dizer a umas velhinhas que estas noites são ritual

Eu e o luís queremos pôr um nariz de palhaço na estátua do senhor que está no jardim das laranjeiras, ali ao pé do restaurante vegetariano e do abade priscos. Mais precisamente, eu quero pôr-lhe um nariz de palhaço, o luís diz que só disse isso por dizer. Pois que o senhor está sem nariz, disse-me também o luís, e eu pensei em restaurar-lhe um. Não tarda nada e vem aí o inverno mesmo antes do outono, e se o senhor de estátua se constipar, estando sem nariz, sofrerá de grandes obstruções nas vias respiratórias superiores, à excepção do nariz, que por se dar o caso de estar ausente, não poderá ficar entupido. Se o senhor de estátua tiver um nariz de palhaço poderá sofrer grandes obstruções nas vias respiratórias superiores, com inclusão do nariz, e assim poderá ir à farmácia comprar actifed e terá uma desculpa para descer do pesdestal. No caminho de volta, pode aproveitar para comprar uma embalagem de maços de lenços de papel, e assim passar o resto do inverno a assoar-se, em cima do pedestal, acenado com os lenços sujos, e pela primeira vez sem se sentir excluído, a todo o resto de rinito-sinusito-constipadeiros. Como lhe faz falta um nariz de palhaço. Eu e o luís fomos depois pregar para outra freguesia, mas não pregamos muito, porque nos esquecemos de levar um martelo. Estivemos a ouvir pessoas que cantavam e se mexiam nos palcos, e ouve ocasiões até, em que nós nos mexiamos e falávamos também. No final, eu senti que o lobo estava atrás de uma árvore, e ouvi-o dizer assim ao capuchinho: vem comigo e vais perceber. como é suposto isto acontecer. Para a sandra, patrocinadora oficial dos chás da alice.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Moderador ouviu dizer que não só mas também IV

O que eu queria era livrar-me desta casa, e andar, andar, andar e nunca mais voltar. Gabriel García Márquez, em O Amor nos Tempos de Cólera, 1985