Houve um dia em que o Nuno R se esqueceu da porta da coelheira aberta. Então muitos dos coelhinhos fugiram. Eles eram fofos e corriam depressa. Quando a Eva foi à varanda do seu quarto andar e viu lá em baixo as duas orelhinhas brancas que se agitavam por entre os trevos, meteu-se no elevador e foi atrás delas. O coelhinho era fofo mas corria tão depressa. Quando a Eva parou para descansar, encostou uma mão à parede e deixou que a outra lhe pousasse um pouco abaixo e à esquerda do estômago. Depois olhou em frente e viu a menina. O coelhinho branco já tinha desaparecido há muito tempo, mas a menina tinha uma beleza clássica e telúrica, como disse mais tarde o Nuno R. A Eva resolveu ficar por ali e então percebeu que a pornografia pode mesmo ser erudita, como o valter já lhe tinha dito uma vez, ou como se se pudesse fazer uma playboy com um catálogo de quadros de há dois séculos atrás. Umbigo digo. E depois sigo. Um pouco abaixo do púbis. Alguma coisa aconteceu. Para os senhores da umbigo. Porque gosto deles, porque não são a playboy e porque lhes abusei do slogan. No todo. Ou em parte.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
Diz a rapariga para o rapaz IV
Meu amor, faltas-me tu. Mas tu não tens os frutos para mim, porque a nossa árvore não nos deu as flores.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
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