quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Hã II
Товарищ, não perguntes. sei que amanhã os pássaros vão estar do outro lado da janela. eles costumam procurar coisas na relva. eu olho para eles. às vezes. não perguntes. os pássaros não te procuram porque não estás lá espalhado. e eu sei disso. bem sei. não perguntes. os pássaros. comem minhocas. que vêm húmidas da terra. e não lhes resistem. eu ainda não as vi. mas sei que vivem lá. na terra. não perguntes. os pássaros às vezes cantam. ou talvez cantem todos os dias. eu vou estar de um lado da janela e os pássaros vão estar do outro. tu não vais estar em lado nenhum. mesmo que te procurasse na terra. não perguntes. pergunto-me eu. se as minhocas quererão ir com os pássaros. se os gatos os esperam porque gostam do sabor do seu coraçãozinho pequenino. e morno. como é. o coraçãozinho de um pássaro.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
O Moderador foi tirar coisas da gaveta I
E é assim que o evaguna entra no seu segundo mês de existência sem que seja cedo para começar a receber mensagens de São Valentim.
E mesmo que ainda não seja dia de São Valentim.
A Eva diz e o Juvenal apresenta.
Um fado posto na caixa no correio.
Rua do Capelão
Ó rua do Capelão
Juncada de rosmaninho
Se o meu amor vier cedinho
Eu beijo as pedras do chão
Que ele pisar no caminho.
Tenho o destino marcado
Desde a hora em que te vi
Ó meu cigano adorado
Viver abraçada ao fado
Morrer abraçada a ti.
Frederico de Freitas e Julio Dantas
Para o evaguna, de eduardo maragoto.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
O Moderador ouviu dizer que não só mas também I
E não me sinto mal na minha companhia, divertimo-nos muito os dois, eu e eu.
António Lobo Antunes, em entrevista à revista tabu, n.º 73, 2 de Fevereiro de 2008
Excursões queriativistas I
Ontem fui com o nuno g. e com o eduardo às lagoas de Bertiandos.
As árvores quiseram tomar um duche, e era talvez por isso que se tinham despido de folhas. Vi um pinheiro vestido de noiva e ovos de vespa dentro de úteros bogalhos. Estranhas formas de matrinónio e de maternidade.
Subimos a uma torre no meio da água. Descemos depois sem cair. Carpir. Carpia. Pia. Pia. Um passarinho. Ou dois. Um pato real e uma pata. A água a encharcar-me as calças e eu sem as querer tirar.
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