um rapazinho bonito. uma rapariga. primeiro o rapaz estava lá sentado, com o computador nos joelhos, e a rapariga olhou. a rapariga gostava de olhar para as coisas bonitas e sentia-se bem por estar num aeroporto. passava e via as coisas que passavam por ela e que também a viam. a rapariga entrou noutro avião. o rapaz também. a rapariga já não se lembrava disso. mas calhou de que os aviões deixaram o rapaz e a rapariga no mesmo sítio. a rapariga entrou num táxi. o rapaz também. o rapaz e a rapariga falaram. pelo meio houve dias que passaram. um dia a rapariga disse adeus ao rapaz. e teve de voltar ao aeroporto. as coisas viam a rapariga a passar e a rapariga viu o banco. então a rapariga quis sentar-se no lugar onde tinha visto o rapaz, e sabia bem que se não era mesmo aquele, era o que estava exactamente ao lado. era aquele quase de certeza. a rapariga sentou-se e pousou as coisas. respirou e pensou em ti.
1 comentário:
Anónimo
disse...
Simplesmente genial. Clap Clap
Gosto da forma descontraidamente séria q escreves.
No dia
dezassete de setembro de mil novecentos e oita e três, isto é, há
muito muito tempo atrás, nasceu uma menina, entre outras tantas
meninas, que seria então tão pequenina como as demais. Logo desde esse
dia, a menina, tal qual todas as meninas, começou a crescer. A menina
não se lembra, mas no dia dezassete de setembro de mil novecentos e
oitenta e quatro, terá feito um ano. Nos anos que se lhe sucederam, e
sempre no mesmo dia do mês, a menina foi fazendo mais anos. Nos dias
que ficavam de permeio entre os dias em que fazia anos, a menina
aproveitava para fazer outras coisas. Num desses dias, a menina
apercebeu-se de que se tinha transformado. Passou de menina crescida a
menina muito crescida, e depois deixou de ser menina. A menina não
sabe bem quando isso foi. E não sabe bem se se deve preocupar, mas
acha que não. Continuou por isso a fazer anos, como fazia antes,
sempre que chegava o dia dezassete de setembro. E continuou também,
como já fazia antes, a fazer outras coisas. No dia vinte e quatro de
dezembro de dois mil e sete a menina fez um blogue.
1 comentário:
Simplesmente genial.
Clap Clap
Gosto da forma descontraidamente séria q escreves.
bjs
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